Sífilis na Gestação: Como Proteger seu Bebê
- Michelli Rodrigues
- 15 de fev.
- 2 min de leitura

A sífilis, causada pela bactéria Treponema pallidum, é uma infecção sistêmica, com potencial de cura, que quando não tratada, progride para diferentes níveis de gravidade, afetando diversos sistemas, como o cardiovascular e o nervoso.
A transmissão da sífilis ocorre principalmente pelo contato sexual, mas a infecção também pode ser passada ao feto durante a gravidez, se a mãe possuir sífilis ativa e não tratada ou inadequadamente tratada. Muitas vezes os portadores de sífilis não apresentam sintomas, o que facilita a transmissão para parceiros(as) sexuais. A confirmação da doença depende da análise conjunta de sinais clínicos, testes laboratoriais, histórico de infecções anteriores e possíveis exposições recentes à infecção.
Uma vez que a gestante está infectada, até 80% dos fetos podem contrair sífilis, mas a transmissão também pode acontecer no momento do parto vaginal. Algumas complicações graves são possíveis, como aborto espontâneo, prematuridade e até morte neonatal. Por isso, o diagnóstico adequado e tratamento são fundamentais!
O risco de infecção do feto é maior nas fases iniciais da doença materna e é proporcional ao tempo de exposição ao patógeno. Quanto mais tempo uma gestante com sífilis permanece sem tratamento, maior o período de exposição e o risco de infecção para o feto. Por isso, as gestantes precisam ser testadas para sífilis no mínimo em três ocasiões: na primeira consulta pré-natal, no início do terceiro trimestre e na ocasião do parto. Tendo o diagnóstico de sífilis, o monitoramento com teste sorológico deve ser mensal até o termo. Após o parto, o seguimento segue sendo necessário!
O tratamento com Penicilina é seguro e efetivo para a gestante com sífilis. A resolução dos sinais e sintomas, quando presentes, indica uma resposta positiva, embora o acompanhamento pós-tratamento seja recomendado. Garantir o tratamento adequado da gestante, é impedir que o recém-nascido passe por intervenções desnecessárias, que podem colocá-lo em risco e comprometer a relação mãe-bebê.
Outro aspecto importante é envolver o parceiro no processo, garantindo seu tratamento e apoio durante o pré-natal para o bem-estar da mãe, do bebê e do próprio parceiro.
O recém-nascido exposto à sífilis ou com a doença, precisa de avaliação e seguimento com pediatra capacitado para esse acompanhamento.
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