Alerta Coqueluche: O Que os Pais Precisam Saber?

A coqueluche é uma infecção respiratória que causa uma tosse intensa e persistente, por isso também conhecida por "tosse dos 100 dias". Ela é causada pela bactéria Bordetella pertussis e apresenta alta transmissibilidade.

Os casos de coqueluche tiveram um crescimento notável em diversas regiões do mundo, incluindo Europa, Estados Unidos e o Brasil. Essa situação é alarmante, em particular para populações de risco como os bebês menores de um ano, que apresentam maior risco de desenvolver complicações pela doença. 

Como é transmitida?

A principal via de transmissão da coqueluche ocorre através das gotículas expelidas no ar por um indivíduo contaminado ao tossir ou espirrar. É muito contagiosa, sobretudo entre os não vacinados e aqueles que mantêm contato próximo com uma pessoa infectada.

Quais as principais manifestações clínicas?

A progressão da coqueluche acontece em três estágios distintos: 

• Fase catarral, com início dos sintomas parecidos com um resfriado, e pode ter duração de uma a duas semanas; 

• Fase paroxística, com duração de 2 semanas ou mais, caracterizada por piora da tosse (ao invés de melhorar como no resfriado). A tosse intensa pode ser seguida por um ruído que chamamos de 'guincho” que acontece principalmente em crianças maiores. Ela também pode estar associada a vômitos e dificuldade respiratória, Nos bebês, uma outra manifestação possível, são as pausas na respiração e cianose (coloração arroxeada da pele).

• Fase de convalescença, onde a tosse diminui sua intensidade progressivamente, podendo persistir por meses.

  
  

Como saber se é coqueluche?

O diagnóstico é principalmente clínico, através dos sinais, sintomas e exame físico da criança realizado pelo pediatra, apoiado também pelo contexto epidemiológico. Podemos confirmar através da detecção da Bordetella pertussis.

A coqueluche tem tratamento?

O manejo da coqueluche incluiu antibiótico da classe macrolídeo, sendo mais eficaz quando administrado no primeiro estágio da doença. Embora o antibiótico reduza a disseminação da coqueluche e o risco de gravidade, ele não previne a tosse em si.

Outras medidas, como manter a hidratação adequada e monitorização respiratória, são fundamentais, especialmente para os lactentes, que são suscetíveis a complicações.

Como evitar a coqueluche?

A principal estratégia para prevenção é a vacinação.

Recomenda-se a vacina DTPa durante o primeiro semestre de vida, seguida das doses de reforço durante a infância e adolescência, assim como a dTpa para gestantes, visando a proteção do bebê nos seus primeiros meses de vida. 

A baixa cobertura vacinal pode estar associada ao aumento de casos, então é importante atenção para a caderneta atualizada. 

Espero que esse conteúdo tenha te ajudado! Se estiver na busca de um seguimento pediátrico humanizado e com orientações atualizadas, converse comigo!

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